Foi o responsável pela revitalização da bruxaria através da criação da Wicca. Além de ocultista e Bruxo Tradicionalista, Gardner foi escritor, e, após a derrocada das últimas leis contrárias à bruxaria na Inglaterra, publicou duas obras essenciais para a Wicca: ‘Bruxaria Hoje’ (Witchcraft Today, 1954) e ‘O Significado da Bruxaria’ (The Meaning of Witchcraft, 1957).
Iniciado em 1939 através de Dorothy Clutterbuck, bruxa de tradição hereditária, Gardner tinha a crença de que a bruxaria iria acabar. Foi então que criou a Wicca, uma adaptação da Velha Religião ao mundo moderno, e passou a divulgá-la pelo mundo. Até aquele momento, a bruxaria era encarada como um culto antigo de fertilidade europeu que havia sobrevivido à perseguição da Igreja Católica durante a Idade Média.
De acordo com texto publicado no site Bruxaria.net, "Gardner foi bastante criticado na época, sendo acusado inclusive de deturpar preceitos da Antiga Religião, misturando-os a outros sistemas como Magia Cerimonial, Maçonaria e Thelema. Até hoje, há aqueles que se dividem em pró-gardnerianos e anti-gardnerianos".
Inglês de origem, Gardner passou a maior parte de sua vida adulta no continente asiático atuando como funcionário civil. Autodidata, contribuiu para estudos de arqueologia, folclore e armas nativas nos locais em que viveu. Apesar das duras crises de asma pelas quais passou na Inglaterra, na Ásia foi, sobretudo, um homem bastante ativo. Tinha um profundo interesse pelo oculto e passou a explorá-lo depois que retornou ao seu país de origem, quando já se encontrava aposentado.
Desta forma, entrou em contato com um grupo de bruxas e foi iniciado em setembro do ano de 1939. Começou a dedicar sua vida à bruxaria, chegando a conseguir que a Wicca fosse reconhecida como uma religião de verdade. Fora isso, iniciou uma tradição denominada gardneriana, a mais ortodoxa de todas as existentes dentro do que se entende por bruxaria moderna.
A tradição gardneriana é aquela ensinada por Gardner e seus iniciados. Pode-se considerar gardneriano apenas aquele que foi iniciado por outro e que pertença à linhagem de iniciações e elevações que teve início com Gardner. Apesar de ser uma das vertentes mais difundidas no mundo, é vista como demasiadamente séria e secreta por sua tradição, pelo alto nível de comprometimento e estudo que requer de seus praticantes e sobretudo pelo costume de proteger seus conhecimentos de não-iniciados. Apesar de diferir em muitos aspectos de outras tradições, a gardneriana preserva o trabalho em grupos autônomos, sem figura central de autoridade.
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